Organizar o casamento da minha própria irmã, Simei Bacelar e Ramiro Costa, sendo ela a única filha de uma família de mais três homens, pra mim como Cerimonialista e Organizador de Festas em Belém, foi uma tarefa especial, emocionante, porém diferente de todos os que já havia organizado! Havia uma mistura de emoção, cobrança excessiva de perfeição e acima de tudo um sonho pessoal a ser realizado!
O LOCAL:
Começamos o planejamento com a escolha do espaço que deveria comportar em um só prédio a Cerimônia Religiosa e o Jantar. A noiva é pós-graduada em Artes e o irmão-Cerimonialista, ambos apaixonados por artes antiques, o local sonhado era o Palácio Lauro Sodré, uma contrução no estilo Neoclássico e um belo exemplo da arquitetura do bolonhês Antonio Landi no Pará. Por ser o Museu do Estado do Pará, muitas regras deveriam ser seguidas e aceitamos tudo pois valia a pena o cenário.
Um detalhe importante era seguir um estilo: Clássico e pronto!
O CONVITE:
Sem muitos detalhes foi impresso em letras pretas, papel linho branco e tamanho 22 x 30, lacre de cera na cor vinho com monograma dos noivos.
Um detalhe bacana foi o numero da mesa no convite individual. Logo, ao entrarem no salão para o jantar, todos estariam próximos a pessoas conhecidas.
A NOIVA:
O vestido foi em cetim espanhol off-white com tomara-que-caia no corte princesa e bolero tendo flores em viéses do mesmo tecido, sem bordado pois no pescoço carregava placa antiga em platina e brilhantes e na cabeça mantilha arrebatadora em renda francesa com 45 anos, presa por coroa em prata e zircônias.
O cabelo foi um coque estilo anos 60, inspirado na foto do casamento da mãe da noiva em 1964 (vejam a foto anexo) do internacional Clô e make de Alba Santos, do tradicional Teresinhas Cabeleireiros.
O buquet teve leve inspiração em Lady Diana, bem grande em modelo cascata com mix de gipsophylas, lirios, rosas e heras.
OS PAIS DA NOIVA EM 1964
A CERIMÔNIA:
Uma chuva de pétalas de rosas anunciou junto com trompetes a chegada da noiva. No hall do Palácio Lauro Sodré, foi montado o espaço da cerimônia com cadeiras em disposição de igreja e na subida da escadaria ficou o altar, tendo moldura de quadro e um arranjo de flores fazendo uma paisagem.
Como o piso do espaço é em mosaicos importados da França e uma das raridades da Belle Époque por aqui não usamos tapete. O décor foram uma coleção de donzelas de vidro com velas marcando o cortejo, assinada por Vando Nascimento.
Prevaleceu o "menos é mais"!
O Pr. Samuel Câmara, presidente da Assembléia de Deus, foi o celebrante e deu a bençãos às alianças e aos noivos.
Para chegar no Salão Transversal do Palácio onde ocorreu o jantar, os convidados faziam pequeno passeio pelos belos salões que contam um pouco da trajetória do Pará e tinham vista do jardim central do local e dos vitrais franceses.
O JANTAR.
Os 230 convidados ficaram acomodados em mesas marcadas cobertas por toalha de tecido adamascado beije, com guardanapos em linho e porta-guardanapos com camafeu tendo as iniciais dos noivos.
Todos eram servidos de criterioso coquetel preparado pelo Chef Paulo Martins, do Lá em Casa ao som de trio de jazz.
O bolo super clássico totalmente coberto por rosas, foi de Maria José.
O jantar com 6 pratos quentes (filé, arroz imperial, perú, bacalhau, camarão e salada) foi servido na sacada do Palácio e preparado pelo Chef Paulo Martins, uma verdadeira viagem gastronômica.
A mesa de doces foi da D. Carmem e os finos de Júlia Fonteles.
As lembranças eram minitelas pintadas pela noiva com inspiração em Romero Brito.
COM OS PAIS E DAMAS NA ESCADARIA DO PALÁCIO
legal! gostei de rever td.
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